A figura do CISO tem ganhado mais destaque dentro das corporações, pois além de ser um papel estratégico, as empresas começaram a prestar mais atenção nas ameaças digitais e entenderam que deixar a segurança de lado pode trazer enormes prejuízos ao negócio.
Por isso, esses profissionais de destaque e que são mais capacitados precisam se assegurar que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para proteger as companhias e suas informações.
Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), essa área ficou ainda mais em evidência ao adicionar uma demanda de segurança interna maior para proteger os dados dos usuários, clientes e transações, deixando todo o âmbito da segurança da informação corporativa ainda mais complexo.
Além disso, são frequentes as notícias de empresas que tiveram suas informações vazadas ou foram vítimas de ataques e invasões. Porém, os riscos não existem apenas no mundo externo à empresa.
É comum que se tente blindar o exterior da empresa como um todo, através de ferramentas e processos, sem levar em consideração de que o comportamento dos próprios colaboradores é um dos fatores determinantes na estratégia de segurança digital junto com todo o cenário interno.
Por isso, preparamos esse guia para que os profissionais CISO foquem também na segurança interna da empresa. São dicas efetivas que devem ser compartilhadas com todos os colaboradores. Confira!
A importância do CISO para as empresas
Para iniciarmos, vamos falar da importância desse profissional. A função do chefe de segurança dentro das grandes corporações estabelece um nível de maturidade nesse sentido, já que elas reconhecem a importância da segurança da informação para o negócio.
É preciso considerar ainda que esse é um território em constante evolução, já que os riscos seguem mutando ao longo do tempo, assim como a legislação.
Manter-se atualizado, planejar os próximos passos e antecipar quaisquer problemas, assim como garantir que todos os sistemas, processos e serviços internos estejam funcionando, fazem parte do escopo do perfil do especialista da área. Essas demandas podem ser realizadas com apenas um profissional ou com um departamento completo, a depender da complexidade da empresa.
Assim, a figura do Chief Information Security Officer é uma posição extremamente estratégica para as corporações, definindo os caminhos que serão traçados internamente junto com a escolha de soluções, parceiros e análises. A responsabilidade de levar a inovação, principalmente em termos de tecnologia e soluções, também recai sobre esse profissional essencial nos tempos modernos.
Como o CISO pode diminuir as ameaças internas das empresas
É impossível falar de cyber segurança sem uma constante busca de novas tecnologias e soluções para implementar uma cultura empresarial de proteção. Seja para melhorar a produtividade ou para se manter em compliance nas auditorias, as defesas contra possíveis ataques são importantes e não devem ficar apenas nas medidas básicas como o uso do antivírus ou firewall.
E esse processo inclui não deixar brechas criadas por sistemas ou por humanos e manter uma cultura de desenvolvimento seguro. O cuidado precisa existir em todos os níveis e de dentro para fora da empresa.
Ter e manter atualizadas políticas de uso e de desenvolvimento que prezem pela qualidade é importante, mas com a legislação ficando mais rígida, as ameaças mais velozes e tudo mais conectado, esse cuidado precisa existir em todos os processos internos.
Assim, nós separamos algumas dicas para fortalecer a segurança interna da sua empresa. Sempre vale relembrar as melhores práticas e priorizar a adoção destas por todos os colaboradores, não é verdade?
Atente-se para a importância de senhas seguras
As senhas são o primeiro recurso na linha de frente do acesso às informações da sua companhia. Um modo simples de aumentar a segurança é estabelecer processos automáticos que determinam a troca da senha depois de um determinado período, como a cada 3 meses, por exemplo.
Aumentar as exigências como o uso de letras maiúsculas, caracteres especiais e números na hora de definir quais senhas são permitidas e dificultam o trabalho de quem quer invadir o seu ambiente de TI é essencial.
Mas não basta apenas ter uma senha segura, é preciso realizar a troca frequentemente, colocando também parâmetros de autenticação de dois fatores para acessos críticos. A cultura aqui também tem um papel importante, já que é preciso fiscalizar se não há uma troca de acessos entre funcionários dentro da própria empresa, por exemplo.
VPN
As redes privadas virtuais são ótimas ferramentas para estabelecer redes seguras, com dados encapsulados em um primeiro estágio e criptografados em um segundo. Ter um canal seguro, como uma barreira entre a rede corporativa e os usuários, é uma solução prática, já que une acesso seguro, criptografia e mobilidade.
Ao utilizar a rede doméstica ou outra não-segura para acessar dados, informações e arquivos corporativos, criminosos podem rastrear essa conexão quando não há proteção extra para acessar sistemas internos. Assim, a VPN também permite disponibilizar a rede privada em qualquer lugar do mundo, fazendo um canal seguro entre as informações corporativas e a internet.
Atualização de licenças
Já vimos que a utilização de senhas mais fortes e uma camada extra na hora de acessar sistemas internos é essencial para criarmos e darmos suporte à protocolos de segurança. Outra questão importante para a segurança interna é a atualização de licenças de softwares e sistemas.
Ter qualquer software não licenciado ou pirateado já é um grande risco por si só. As ameaças são grandes, tanto por não serem soluções verificadas e oficiais que deixam todo o ambiente vulnerável, quanto por infringirem copyrights que podem gerar processos enormes. Além de ser crime, é claro.
Assim, o licenciamento se torna um investimento quando possibilita acesso a soluções seguras, com garantias e atualizações fornecidas pelos fabricantes.
Mantê-los atualizados é reforçar as medidas de segurança sem custo nenhum, podendo inclusive ser automatizado em processos em horários fora do trabalho. Dessa forma, a responsabilidade de manter tudo atualizado para todos deixa de ser do usuário final – que muitas vezes não entende a importância desse processo, e se torna algo rotineiro e involuntário.
Atualização de patches
Resultados inesperados ou incorretos são comuns em todos os tipos de software, e a correção desses erros é encontrada nos patches liberados pelo fabricante. Também são lançadas atualizações de segurança, como no caso de antivírus que quando desatualizados não tem em seu “catálogo de ameaças” os vírus mais atuais, por exemplo.
Os patches podem variar de pequenas correções até “novos tijolos para a extensão da muralha de proteção” da sua empresa e precisam ser avaliados para determinar a relevância para não gerarem conflitos entre diferentes sistemas integrados.
O sistema de segurança corporativo não é simples. São muitos pontos para se atentar, e a complexidade só cresce quando o parque tecnológico expande e chegam novas soluções e ameaças no mercado.
Dessa forma, contar com um parceiro especialista na área, como a bugScout, vai auxiliar a sua empresa a ser mais eficiente enquanto diminui os riscos.
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